quinta-feira, 25 de junho de 2009

prisão

Deito na minha cama, olhando o teto. É estranho, há tanto tempo isso não acontece, mas simplesmente não há nenhum nome em minha mente, nenhum nome especial nesses preciosos momentos entre o deitar e o adormecer.
Há uns quatro anos que venho pulando de paixão em paixão, romance em romance, há quatro anos minha mente tem sempre um nome que a domina. Nem me lembro como é estar desgarrada, desapegada, me parece estranho. Na necessidade os nomes dos últimos ex pululam em minha mente, entretanto nenhum para tempo suficiente, nenhum merece mais atenção ou é especial.
Me sinto livre de qualquer dominação, finalmente liberta para me ocupar comigo mesma, pensar em mim. Liberdade estranha, não quero pensar em mim, almejo novamente a prisão, o nome que toma conta de mim, o ser que domina meus sentidos, a prisão.
Lembro que em cada uma das últimas paixões chorei, sofri, me despedacei e até mesmo me esvaí em sangue, aprendi o que é sofrer por alguém, desejei que o sofrimento e com ele qualquer e todo sentimento me deixasse, mas sempre, sempre na esperança ou até certeza de encontrar um novo alguém, novo nome, nova prisão. Não me contento com o ser sozinha, é devo realmente ser carente, muito carente.
Digo com toda certeza e sem medo de errar, busco uma prisão, preferencialmente que me traga felicidades, mas se vierem sofrimentos não me importa, contanto que seja realmente uma prisão.

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