quinta-feira, 11 de junho de 2009

Mais uma vez

E quando te vi tudo voltou, o aperto no peito, o tremor nas mãos, o suor na testa. Então de nada adiantara eu passar semanas sem te ver, tudo voltou como se nunca tivesse ido.
Pensei que havia te esquecido, sua imagem não mais me assaltava a cada passo, sua voz não sussurrava em meus ouvidos, sua silhueta não aparecia em cada esquina. Pensei ter te esquecido. E esquecera.
Mas é tão forte tua presença, que apenas um segundo foi suficiente para reacender as brasas ainda incandescentes que jaziam sob as cinzas. E senti o tal aperto, tremi, suei. Impossível ficar imune a você, impossível.
E de que adiantaria mais uma longa ausência se nada em meu íntimo mudará? Nada, eu sabia, mas tinha que tentar de alguma forma, e tentei, e toda vez tento de novo, e toda vez consigo, mas sei que a cada volta apertos, arrepios e suores me acometerão
novamente como a lembrar que minha lição não ficara bem feita, eu não obtivera êxito, não trunfara.

2 comentários:

  1. Um dia chega a hora do desapego eterno. Essas coisas acontecem sim. Continua tentando, mesmo que volte. Uma hora não volta mais e você nem sequer vai perceber a presença... coisas boas da vida: essas voltas estranhas que ela dá.

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  2. A chama que tem de ser apagada não é a sua em relação ao outro e sim a sua em relação consigo. Essa chama chamada Ego. O Ego, o orgulho ferido, é o brseiro destas sensações.

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